domingo, 27 de abril de 2025

A INSALUBRIDADE DAS CASTAS


Negaram-me viver na minha terra

Fanando-me o meu singular desejo,

Era a casta esmagando-me de pejo

Numa brutal e desumana guerra.

 

Deixei-a levando apenas quimera

D’um mundo feliz que distante vejo,

No entanto, nada, nada mais almejo,

Pois as afrontas me tornaram fera.

 

Forâneo aos meus, pela força incomum,

Que atiçava na lide cada um,

Julgando-me de homem perigoso.

 

Porém, fausto parti consciente,

Alma dócil, coração senciente

De paz para o renascer venturoso.